Entenda o que é a Dor Orofacial
Categorias: Cuidados Bucais, Todos
Se você tem sensação de dor na face ou na mandíbula, pode estar sofrendo com a dor orofacial. Quer entender tudo sobre o assunto? Leia nosso post!
Muitas pessoas têm a sensação de dor na face ou na mandíbula, o que é conhecido como dor orofacial. O problema afeta tanto homens, quanto mulheres, mas geralmente, mais mulheres no período fértil e menopausa.
No artigo de hoje você vai aprender o que é a dor orofacial, quais são suas causas, consequências e como ela pode ser tratada. Se você tem curiosidade sobre o tema ou sofre com o problema, preste atenção em nosso post e fique por dentro do assunto!
O que é a dor orofacial?
A dor orofacial é associada aos tecidos do crânio, do pescoço e as estruturas da cavidade oral. Ela inclui as dores de cabeça que tem origem no sistema nervoso e as psicogênicas (aquelas que são relacionadas aos fatores psicológicos).
A dor pode ser desencadeada por vários fatores articulares, provocados por problemas na articulação Temporo-Mandibular (ATM), oclusos (problemas de mordida), processos infecciosos, traumáticos, de posturas ou até mesmo psicológicos.
Quais são suas causas?
Esse tipo de dor pode ter início no sistema nervoso e estar relacionado às doenças graves como tumores ou aos fatores psicológicos. A dor orofacial compromete os movimentos da articulação da mandíbula e dos músculos ao redor da região.
Ela também tem origem dentária e é a mais comum entre a população. Isso porque a estrutura do dente é complexa. Ele possui uma caixa externa dura, semelhante ao osso e que é constituída pelo esmalte e a dentina.
No interior do dente existe um canal onde passam nervos e vasos. Quando o canal inflama, dificulta o extravasamento do edema e dos líquidos formados no local e isso cria uma pressão e em consequência uma dor muito forte.
A dor orofacial também pode ser provocada por dores na mandíbula, dificuldade de mastigar, travamentos ou estalos nas articulações. A lesão dos músculos da mastigação é o principal responsável pelos sintomas dessa dor.
É importante lembrar que essas lesões podem começar pela distensão muscular, por excesso de contração muscular ou pela fadiga. Acidentes como trauma ou abertura excessiva da boca podem iniciar o espasmo muscular e pode estar associados ao travamento da boca, tanto aberta quanto fechada.
Entretanto, a distensão dos músculos mastigadores pode ser causada por hábitos de mordida, como o bruxismo, pelas restaurações dentárias, próteses removíveis ou fixas que invadem o espaço de repouso fisiológico intermaxilar.
Já a contração pode ser provocada por mordidas que resultam da perda bilateral de dentes posteriores e pelas absorções alveolares de próteses mal ajustadas. O bruxismo, considerado um mecanismo que serve para descarregar tensões, é a causa mais comum da fadiga muscular e também da dor orofacial.
É importante lembrar, que na maioria dos casos, essa dor relaciona-se muito mais aos fatores emocionais do que físicos.
Outro fator que deve ser lembrado é que a dor orofacial afeta pacientes portadores de diversos graus de má-oclusão. Quando submetidos as situações de estresse emocional, esses pacientes apresentam essa condição de dor. Também há pacientes com pequenas alterações de oclusão dentária que apresentam essa sintomatologia severa.
Quais são as consequências dessa dor?
Em relação as consequências da dor orofacial, as pessoas podem ter dor no rosto, na boca, maxilar, no pescoço e até na região do ouvido. A dor pode ser crônica e afeta as articulações causando sensibilidade. Na boca, as consequências são dificuldade para mastigar e dor de dente.
Quem tem dor orofacial, pode ter dores constantes. No entanto, alguns pacientes relatam que sentem mais os sintomas pela manhã, outros dizem sentir uma dor relativamente suave pela manhã que aumenta no período da tarde. Outras consequências da dor orofacial é a limitação dos movimentos da mandíbula e dor de ouvido.
Como ela pode ser tratada?
O tratamento para a dor orofacial é realizado por um profissional que vai analisar os sintomas da dor de maneira integrada, de modo que o diagnóstico seja feito corretamente.
Os tratamentos para solucionar o problema variam de acordo com a complexidade dos sintomas. No caso das dores crônicas, o tratamento pode ser prolongado e requer acompanhamento de uma equipe multidisciplinar formada por diversos especialistas como dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e médicos.
As alternativas de tratamento também devem ser baseadas em procedimentos conservadores e poucos invasivos. Esses tratamentos são realizados com aparelhos orais, fisioterapia, lasertarapia, terapias farmacológicas, bloqueios musculares e infiltrações articulares. Já os procedimentos cirúrgicos, podem ser feitos artroscopia, artrocentese e cirurgias da Articulação Temporo-mandibular.
